Você sabe o que é ter o Muralha no gol do seu time?
Uma manifesto definitivo para o Coritiba arrumar logo um goleiro de Primeira Divisão
É já perder a vontade de ver o jogo quando o clube posta a escalação nas redes sociais e o Muralha está no campinho.
É levar um tapa na cara quando ele aparece não só no campinho, mas como capitão.
É saber que pênalti contra o seu time é gol dos caras.
É levar às mãos à cabeça e cuspir a cerveja toda vez que a zaga recua a bola e ele precisa trabalhar com os pés.
É ainda se iludir com defesas espetaculares (até as que viram quadro) que logo serão anuladas por falhas que você não bota fé que alguém poderia cometer.
É ser grato pelas defesas no acesso de 2019, que era o fim perfeito para uma história que podia nem ter começado.
É saber que o Coritiba saiu da Série B, mas a Série B só sairá do Coritiba quando tivermos um goleiro de Série A como titular.
É lembrar que entre 2007 e 2012 o Coxa tinha não apenas um, mas dois goleiros de Série A se alternando como titular: Vanderlei e Edson Bastos.
É saber que quem confia em Muralha para a Série A e tenta trazer César, logo menos vai achar que Paulo Victor é a solução.
É ficar puto porque, no Coritiba, a solução para o gol nunca está na base. É assim com todos desde a saída de Gérson, por que seria com Rafael William e Marcão? Na real, não seria nem com o Donnarumma, caso ele tivesse começado no Coxa.
É sentir um pouco de remorso por escrever linhas tão duras, pois todo mundo que conhece o Muralha diz que ele é um cara fantástico no vestiário e fora do futebol; eu olho para ele e sinto exatamente o mesmo, de estar diante de um cara genuinamente fantástico. Mas o jogo se decide no campo e, puta que pariu, Muralha, me ajuda a te ajudar, parceiro.
É saber que todo o time tem o seu Muralha. Nem todos jogam no gol, alguns são piores do que ele. Mas o nosso Muralha dói mais na nossa alma de torcedor que o Muralha dos outros.